quinta-feira, 27 de maio de 2010

Por que a Bíblia orienta a usar a vara na correção dos filhos?




Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos. (Pitágoras)

O Congresso Nacional discute um projeto que proíbe a aplicação de castigos físicos, moderados ou não, nos filhos, mesmo que a punição tenha caráter pedagógico. E os pais que desobedecerem a lei podem ser obrigados a fazer tratamento psicológico ou psiquiátrico, junto com as crianças. Atualmente, esse tema tem sido bastante discutido em várias rodas, mas o que diz a Bíblia sobre isso?
A Palavra de Deus é manual de conduta em todas as áreas e nela devemos buscar conselho. A Bíblia, reiteradas vezes, enfatiza a importância da disciplina. E todos sabem que quanto mais jovens, mais fácil é aprender a disciplina. Crianças que não recebem disciplina crescem rebeldes, sem respeito à autoridade, e consequentemente, não estarão dispostas a prontamente obedecer e seguir a Deus. A vara da correção é citada na Bíblia, não só de forma metafórica, mas também como instrumento fisco de correção. Não de castigo, é preciso deixar bem claro. Deus usa a disciplina para nos corrigir e nos conduzir ao caminho certo e para encorajar o arrependimento por nossos atos. Em várias passagens, a Bíblia ensina: “Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno.” A vara é uma haste flexível e por isso mesmo nos impede de colocar força exagerada, quando a usamos para a correção. Se, ao usá-la, os pais exagerem na força, e usarem a vara de forma errada ela pode se quebrar. Isso de certa forma protege a criança. Por isso, certamente, a Bíblia não diz para usar o braço, mas a vara da disciplina. Disciplina causa sofrimento e envolve dor, pois se quisermos alcançar as virtudes temos mesmo que mortificar muitos de nossos impulsos e desejos. Sentimos quando somos disciplinados, mas essa dor é passageira e não causa danos, ao contrário da dor que pode advir da falta de correção.
Somos testemunhas das nefastas conseqüências de uma geração de pais que não usou a vara da disciplina na educação de seus filhos: infelicidade, procura desenfreada pelo prazer levando até a morte, dentre outros males. Pais que amam criam seus filhos de acordo com as orientações da Palavra de Deus. E se usam a vara para corrigir seus filhos com amor, estão seguindo orientações bíblicas e colherão os seus benefícios como escrito em Provérbios 29:17 “Discipline seu filho, e este lhe dará paz, trará grande prazer a sua alma.”

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Metamorfose



Mudança é um dos temas que mais me encantam e desafiam o meu viver. Talvez por isso sempre tive uma fascinação pelas borboletas. A Pipa e a Flor, história de Rubem Alves, fala de uma flor, que na verdade era uma linda borboleta, e que fora enfeitiçada. O castigo era viver e morrer sem poder sair de seu lugar. Os humanos podem andar em dúvida e incerteza, mas Jesus
é inequívoco. Ele fala sobre a verdade como algo exato e objetivo. Em outra parte ele nos fala que a verdade é a palavra de Deus revelada. Quando ele falou com seu Pai (João 17:17), ele disse: "tua palavra é a verdade". Quando Jesus falou sobre a verdade, ele não estava falando sobre uma vaga abstração resultante de um intenso pensamento humano.
O mais interessante a respeito das mudanças em nossa existência é que temos plena noção de que elas são necessárias para a nossa evolução, mas por nos tirarem da nossa área de conforto, despertam-nos o medo do desconhecido, o que acaba por nos sabotar muitos passos para o progresso. A palavra de Deus é verdadeira independentemente do fato de eu concordar com isso, de eu aceitar e obedecer, ou rejeitar e contestar.
É preciso estar consciente de que sem mudança não há crescimento, apenas estagnação e, no campo profissional, até um retrocesso, que pode acarretar muitos fracassos e desilusões. Sabendo disso, aprendi a acordar a cada manhã com o coração aberto para Jesus. Ele diz: "Conhecereis a verdade". Jesus plenamente ensinou que podemos e devemos conhecer a verdade. Podemos distinguir o certo do errado. Paulo instruiu os Tessalonicenses: "Julgai todas as cousas, retende o que é bom;
abstende-vos de toda forma de mal" (1 Tessalonicenses 5:21-22). Ainda hoje é verdade que a "lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos" (Salmo 119:105). Para assimilarmos melhor as mudanças que possam surgir em nossa vida, precisamos ser pessoas mais preparadas. Entendi que nada vai mudar no meu mundo se eu não me dispuser primeiro
a mudar minhas atitudes e o meu olhar crítico em relação às pessoas e situações. Sei que sou "rosa". E não vou me tornar uma “borboleta” – aquela pessoa maravilhosa que quero e posso ser – enquanto continuar a agir como uma “lagarta” dentro de meu casulo. E, mesmo que essa metamorfose seja um pouco dolorosa, sei que é melhor tomar a iniciativa e mudar enquanto é tempo do que ser mudada pela força das circunstâncias.
Acredito que uma transformação que me traga realização pessoal e felicidade com certeza fará de mim uma pessoa muito mais entusiasmada, de bem com a vida e generosa. Fará bem a mim e ao mundo à minha volta! . Em Timóteo 3:16-17, Paulo disse: "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra." Paulo também disse que seu ensinamento não tinha palavras de sabedoria humana, e sim palavras reveladas pelo Espírito Santo.Como diz o escritor Rubem Alves, “Não haverá borboletas se a pessoa não passar por longas e silenciosas metamorfoses.E acrescento, fundamentada na Bíblia: Só Cristo liberta e transforma!”


Rosa Maria Olimpio

sábado, 8 de maio de 2010

Educação, entusiasmo e crítica




Eis uma questão que nos instiga: devemos educar pelo estímulo ou pela crítica? A maneira como enxergamos um objeto demonstra nossa concepção de mundo, de homem e de educação. A conhecida história da visão de um copo com água visto por diferentes pessoas delineia essa perspectiva: o pessimista vê o copo com água pela metade e afirma: “está quase vazio”, ao passo que o otimista, diante da mesma quantidade de água assegura “está quase cheio”.
Pois essa analogia serve também para ilustrar o posicionamento de educadores que usam a crítica e os que usam o estímulo para educar. Os primeiros tendem a enxergar em primeiro plano o erro e evidenciá-lo, já os do segundo grupo tendem a reforçar os acertos. Dependendo de nossa concepção de educação, temos a tendência a olhar para os desafios de uma forma ou de outra.
Muitos educadores pensam que expor o erro, evidenciando-o como forma pedagógica leva o educando a ser melhor. Se considerarmos essa metodologia na perspectiva cristã, veremos que o estímulo é a alternativa que caminha no sentido oposto. Criticar é apontar falhas. É expor o erro, o que nem sempre encontra ressonância positiva, pois toda crítica tem “um que” de despeito tendencioso e destrutivo, ao passo que o estímulo leva a um entusiasmo em prosseguir. Sabemos que dificilmente se conquista alguma coisa apenas apontando falhas.
Um dos principais objetivos da educação é ensinar valores. Como alguém pode ensinar valores se se considera acima do bem e do mal para esperar o crescimento com base em críticas?
Com a crítica, o copo que estava quase vazio acaba por esvaziar, pois muitos deixam de fazer para não correrem o risco de ser criticados. Quem pouco faz, pouco erra.
A educação nos moldes cristãos deve transmitir a criticidade, todavia em forma de sabedoria, mediante exemplos práticos. Quem critica deve apontar ou dar exemplo de solução. A crítica vazia é inócua e tende a tirar o entusiasmo, enquanto o estímulo possibilitado até mesmo pelo erro leva o educando a enfrentar os desafios.
No episódio da mulher adúltera, vemos a posição de Jesus como mestre que ensina sem evidenciar o erro, mas faz dele uma possibilidade de acerto. Quando Jesus disse na passagem narrada em João 8:7: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra, Ele nos ensina uma grande lição: educadores não estão acima do bem e do mal, mesmo que revestidos de autoridade temporária.

sábado, 1 de maio de 2010

Concepção de educação e o exemplo de minha avó




É interessante observar que tendemos a seguir os caminhos daqueles a quem admiramos. Portanto, devemos dar importância a quem nossos filhos consideram como seus “heróis”.
Eu sempre admirei minha avó, talvez seja por isso que me tornei professora. Quando criança, eu ficava encantada em ouvir suas histórias e causos. E achava que ela era a mulher mais sábia do mundo. Ainda hoje eu penso assim. Vovó era professora e parteira. Várias pessoas, de figuras anônimas até pessoas com expressiva participação na sociedade e no cenários político e empresarial brasileiro, vieram ao mundo pelas mãos dela. Assim como muitos também foram alfabetizados por aquela pequena senhora de personalidade marcante. De atitudes firmes e de gestos sensíveis como acolher em sua casa e alimentar quantas pessoas a procurassem.
Ainda hoje, depois de ter estudado nas melhores escolas do país, e passado pelas classes de excelentes professores, considero-a a professora mais sábia que conheci. Vovó me ensinou a ler a Bíblia, quando eu tinha doze anos e me ensinou a diferença entre a letra e o Espírito, além de me mostrar, na prática, o que é dogma e o que é fé. Creio que por admirá-la tanto decidi ser professora, quando todos achavam que eu tinha potencial para seguir outra profissão mais valorizada. Ainda hoje não penso assim. Entendo que o ensino é uma das mais nobres profissões, por isso, faço como Paulo exortou: "... o que ensina, esmere-se em fazê-lo (Rm 12:7b)."
Uma das minhas maiores lições de educação não aprendi nos livros de pedagogia, ou na sala de aula de nenhuma universidade. Foi com minha sábia avó. Um dia, quando preparava a massa para o pão de queijo, vovó me chamou para perto de si e disse que iria me ensinar algo. Mas ela não me ensinou como preparar essa quitanda indispensável nas casas mineiras: ela me ensinou o que entedia por educação. Usou de uma técnica que jamais hei de esquecer: tomou a massa na mão e me perguntou “você sabe como deve ser uma boa educação?” Fiquei observando e esperando a resposta. Então ela me mostrou a massa com a mão semi aberta, depois abriu a mão, deixando que a massa caísse na gamela, em seguida pegou outra porção e a apertou, fazendo com que a massa escorregasse por entre os dedos. Nesse instante construí nessa analogia a minha concepção de educação: educar não é deixar solto, nem controlar demais. É ficar do lado, amparando, sem pressionar. Se a mão do educador estiver semi aberta, a massa não cairá, nem se esvairá por entre os dedos.

Missão

Encorajar a prática da oração intercessória na vida espiritual de cada membro da Igreja Cristã Manancial de Vida.