sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Testemunho de Cura


"E direis naquele dia: Dai graças ao SENHOR, invocai o seu nome, tornai conhecidas entre os povos as suas obras, proclamai como o seu nome é majestoso." (Is 12:4)



Desde a adolescência eu sofria com uma enxaqueca que me incomodava muito. Durante as crises, que podiam durar entre 3 horas e 3 dias, eu sentia náuseas, vômitos, aversão à claridade, ao barulho, aos cheiros, visão embaçada, irritabilidade, falta de concentração, tonturas como se fosse labirintite, obstrução nasal, tensão nos músculos da nuca e dos ombros, e até perda temporária de sentidos.
A aversão à claridade/barulho, tão comum, nas crises afetava não só minha vida pessoal, como a profissional. Afinal, eu não poderia me afastar do trabalho na frequência com que as dores me acometiam. Em geral de uma a duas semanas por mês. Um dos maiores problemas da enxaqueca é que ela pode ser desencadeada por uma série de "gatilhos", tornando a pessoa mais vulnerável quando passa por emoções mais fortes (não apenas situações de contrariedade, mas também situações inusitadamente boas), acordar mais tarde que de costume, dormir durante o dia, atrasar refeições, comer certos pratos, ainda que em pequena quantidade, já pode ser suficiente para desencadear 3 horas a 3 dias de muita dor e outros sintomas. O pior disso tudo é a convivência social, pois quem nunca sentiu os sintomas da enxaqueca, por mais solidário que seja com a pessoa a seu lado, não consegue compreender a dimensão desse mal.
Entretanto, eu convivi com isso durante anos da minha vida, sem poder me afastar de meus compromissos e, às vezes, tendo que dividir essa dor com as pessoas a minha volta. Isso também me causava sofrimento porque sentia que não podia sobrecarregar as pessoas mais próximas de mim, mas não havia como passar pela crise sem alterar minha rotina, apesar de todo esforço em conter o incontível. Eu sabia que, por mais solidárias e companheiras que as pessoas fossem, era difícil entender, por exemplo, que eu às vezes não conseguia enxergar o rosto inteiro de uma pessoa, não conseguia nem me lembrar de uma pessoa querida ou bastante familiar, nos momentos de intensa dor. E essa dor se agravava mais quando eu percebia que as pessoas também sofriam com isso e eu não podia mudar esse quadro. O máximo que podia fazer era tentar suportar sem reclamar até que minhas forças se esvaíssem. O que acabava se tornando pior, pois passado o meu limite físico, quem estava do meu lado acabava se sacrificando para me apoiar e muitas vezes se sentia impotente, pois não tinha como minimizar meu sofrimento, a não ser cuidando de mim com extremada paciência.
Mas o Senhor foi misericordioso comigo e, durante a campanha do Dr. Victor Emenike na ICMV em julho de 2008, quando ele, portador do poder de cura que há no nome de Jesus, chamou à frente quem sofria de enxaqueca. Eu estava trabalhando na intercessão naquele dia e do meu lugar invoquei a Deus, colocando diante Dele a dor que sentia naquele momento e que acompanhava por longos anos. Daquele momento em diante eu nunca mais tive dores de cabeça. Eu pude comprovar isso porque durante o restante do ano de 2008 e em todo o ano de 2009 enfrentei muitas lutas, muito trabalho, muitas viagens, nas quais eu quebrava toda a rotina alimentar e de sono, muitas emoções boas e ruins que poderiam ter desencadeado o processo novamente. Mas, pelo poder do nome de Jesus eu posso afirmar: aquilo que me escravizava e me fazia sofrer foi-se.

Torno pública essa bênção porque minha alma reconhece não só a obra maravilhosa de Deus em minha vida, como também as pessoas que Ele usou para me amparar nos momentos de dor. Anjos que me carregaram no colo, quando eu não tinha forças para andar com meus próprios pés.
Hoje posso dizer como o salmista Davi: "maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem" (Sl 139:14).



Profa Aya Ribeiro

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