sábado, 13 de março de 2010

A pedagogia de Jesus e a educação de nossos filhos


Educar não é tarefa só dos professores. Somos todos educadores em potencial, em nossas relações. E nossos filhos são os principais alvos de nossa atuação como educadores. Mas nossa maneira de educar os filhos tem como referência a pedagogia de Jesus? É uma questão que devemos considerar pensando inicialmente quais sãos os reais objetivos da educação e qual é o nosso papel nesse processo.
Como pais, devemos ser espelho, mas também nos espelhar em um grande educador para que nossas ações sejam refletidas. E se educar é promover o potencial de desenvolvimento de uma pessoa em todos os níveis, moral, intelectual e afetivo, como educadores que somos, como melhor educar nossos filhos e como bem realizar a nossa missão?
Se temos Jesus como modelo máximo de educador, devemos buscar nossa estatura moral, como ensina Paulo em Efésios 4:13 “Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”.
Dessa forma é preciso que compreendamos quais são os princípios que nortearam a ação pedagógica de Jesus, para que neles nos espelhemos.
Jesus olhava e se dirigia às pessoas como se cada uma fosse única, importante e digna de atenção. Em várias narrativas vemos isso de forma clara. Ele olhou para a mulher Cananéia, assim como fez com o cego Bartimeu, com a mulher samaritana, com o coletor de impostos, dentre tantos outros. Mas cada um era único e tratado com interesse ímpar. Cada um a quem Jesus dirigiu sua ação educadora foi tratado de forma pessoal, sem comparações. Com nossos filhos também devemos agir assim. Nada mais terrível do que se perceber entre filhos a comparação e o tratamento desigual.
Jesus valorizava o contato pessoal e tocava as pessoas, ainda que só com o olhar. O toque, o estímulo era perceptível em sua ação. Para educar, é precisa tocar. Mexer com o espírito humano, e isso envolve valorização da linguagem e da cultura individual. Cada ser humano é único e deve ser educado como ser especial.
Jesus dava exemplos, não só teóricos, mas de vida prática. É impossível querer que nossos filhos sejam aquilo que não ensinamos. Se queremos que eles sejam honestos e verdadeiros, a verdade deve prevalecer em nossas atitudes. Se queremos que eles tenham compromisso, devemos ser firmes e constantes em nossas decisões. Se queremos que eles estabeleçam relações sólidas e estáveis, devemos ser maduros e comprometidos em nossas relações que servirão de modelos a eles.
Jesus buscava exemplos da vida cotidiana e era coerente. Como podemos querer que nossos filhos tenham uma só palavra, se nosso lema for: faça o que eu digo e não faça o que eu faço? Como queremos que eles se desenvolvam em bons princípios e andem em boas companhias, se nosso lema for: antes mal acompanhado do que só?
Os ensinamentos de Jesus eram passados com suavidade, porém, com autoridade. Não podemos agir diferente com nossos filhos. Não é pela imposição que os convenceremos a seguir um caminho correto, mas pela força de nossas atitudes firmes e corretas. Vemos que Jesus não se impõe, todavia, revela-se; atrai pelo processo de libertação.
E o mais importante: Jesus caminhava com seus discípulos, como nos mostra Lucas 24:15 “E aconteceu que, indo eles falando entre si, e fazendo perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou, e ia com eles.”
Aqui está a chave da verdadeira educação: ir com. A questão não é dizer como ir, ou ensinar aonde ir. Num mundo atribulado de transição em que vivemos, só existe uma fórmula infalível para que nossos filhos não se percam: uma educação centrada nos princípios de Jesus, com fundamento em Sua palavra. E por isso mesmo é mais do que necessário que caminhemos com nossos filhos, se queremos educá-los para a busca da estatura de Cristo.




Profa Aya Ribeiro

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