terça-feira, 13 de abril de 2010

A família e o amor que a sustenta




É no grupo familiar que se inaugura no desenvolvimento psicológico e o sentimento de aceitação social, sendo nesse âmbito que a criança tem suas primeiras e mais importantes relações. Tais relações preparam não só o relacionamento com outras pessoas, mas também a evolução de sua personalidade. É a família que, em nossa cultura, dá a criança o suporte para enfrentar dificuldades, o que torna necessário seu entendimento e a aceitação para trabalhar essa possível dificuldade.
Todos os pais sonham com o futuro de seus filhos, criam expectativas, idealizam e fazem projetos. Então, ao deparar-se com algo que foge a realização desses projetos, tende a ver frustradas suas expectativas. Há nessas situações o grande risco do desenvolvimento de sentimentos de culpa por parte dos pais, os quais acham que fizeram algo “errado” e, ao depararem-se com uma situação diferente de tudo que fora sonhado, confrontam-se também com uma perda de identidade social.
É nesse contexto que o amor é, sem sombra de dúvida, o recurso essencial para promoção de melhores condições e qualidade de vida da família. Os conflitos fazem parte da evolução humana e na família, no amor que questiona e instiga reflexões sobre nós mesmos é que nos fortalecemos e crescemos. As variadas técnicas psicológicas podem ser de grande eficácia, para que a família passe a ter outra visualização das dificuldades, mantendo-se assim emocionalmente equilibrada, aprendendo a lidar com suas angústias e tristezas, mas somente a certeza de que somos amados e a "não aceitação" das pessoas que nos amam reflete, na maioria das vezes, a não aceitação do outro, da sociedade. Assim, a família nos vê, aponta nossas falhas em nossa defesa, para que a sociedade não o faça de maneira velada e nos deixe deprimidos por não sermos aceitos como somos. A teia familiar se apresenta com toda a sua complexidade, expressando assim, nossa identidade, onde vislumbramos o todo e não a soma das partes. É o amor que nos une, por isso brigamos, porque não conseguimos ser indiferentes aos seres amados. A indiferença é o contrário do amor. Vladimir Maiakovski, poeta russo escreveu e eu tomo a liberdade de citar: "Amar não é aceitar tudo. Aliás, onde tudo é aceito desconfio que não haja amor." Nesse sentido, podemos relacionar com o que o Senhor nos diz em Hebreus 12: 6-7 “ Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos, porque, que filho há a quem o pai não corrija?”

Rosa Maria Olímpio

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